quinta-feira, 21 de abril de 2022

Fanfics - Questão 1x07 - Eis a Questão (Parte Um)

                                               

Autor - Olavo Lima
Questão em... 

Eis a Questão parte um 
Subúrbio de Hub city, em toda cidade há um daqueles lugares que todos dizem para você nunca ir, o bairro Saint Leopold é um desses, em um local como Hub city considerada uma das cidades mais violentas do mundo a população ter medo de um local especifico pode imaginar como deve ser agradável, até as gangues tem medo de vir aqui, coisas muito estranhas acontecem, meu informante Jack Malone me ligou marcando uma reunião, ele tinha informações valiosas. 
Questão – recebi seu bilhete, alguém matou o homem mais inteligente do mundo, soube disso? 
Eu me aproximei na escuridão, eu podia sentir que havia um corpo na minha frente, eu me aproximei, não podia sentir os batimentos cardíacos, corri e eu vi o sangue espalhado, seu corpo encostado na cozinha imunda do quarto alugado em cortiço de Hub city, alguém descobriu que ele sabia de algo ou poderia ser uma... 
Agente-Questão! 
Posso escutar ele falando através do megafone, como se fosse um animal enfurecido, o local foi cercado, apesar de estarem fantasiados de policiais, eles são agentes do DOE, especializados em pegar super humanos, eles já prenderam o super homem uma vez. 
Agente – Aqui é a policia, sabemos que você está aqui Questão! Está tudo acabado! 
Dentro do cortiço eu tentava me preparar, por sorte eles me subestimavam, eles sabiam que não tinha poderes ou um cinto de utilidades. 
Questão – uma armadilha, como sou burro, fui pego em uma armadilha... 
Agente – se tiver alguém com você deixe sair primeiro, esse local está cercado, depois saia com as mãos para cima, vou dar trinta segundos, passado esse tempo não garanto sua segurança! 
Questão- pensar... 
Posso escutar os passos dos agentes armados subindo pelas escadas do cortiço, por sorte eles me subestimaram, o primeiro que chega perto da porta é especialista em cinco artes marciais, por sorte nenhuma delas é o sistema. 
Agente – é bom ele estar aqui, se for mais uma idiotice de algum burocrata do governo eu... 
Ele é afobado, orgulhoso, acostumado a vencer fácil, a arma da confiança a ele, bebidas alcoólicas espalhadas, garrafas quebradas, eu uso uma delas e arranco parte de seu rosto fora. 
Agente – meu roto, meu roto. 
Ele não consegue falar mais direito, está sem nariz, seu sangue corre e o deixa assustado, ele nunca ficou tão ferido assim, o rosto é algo muito pessoal para a maioria das pessoas, elas ficam aterrorizadas com a possibilidade de perder ele, eu não. 
Agente 2 – oh deus, Jordan, meu deus, tirem o Jordan daqui! 
Agente 3 – pelo que está na ficha dele, ele não anda armado. 
Agente – olha para a cara do coitado do Jordan, aquele cara é um maníaco! 
Eu me escondo na escuridão brincando com o cenário do local, eles estão com medo, um de seus amigos está sem nariz e com o rosto desfigurado, sorte dele que eu não gosto de machucar muito policiais, lá fora o chefe da operação está conversando. 
Chefe – o que está acontecendo? Ouvi alguém gritando, pelo amor de deus, é um beco sem saída, não da para escapar! 
Um dos agentes está na janela armado, ele vai invadir, eu uso meu gancho quebrando a janela e acertando ele, eu pulo pela janela quebrada, eles não esperam que eu saia por aqui, acho que torci meu pé, sem dor não há triunfo, eu estou ferido a queda me machucou bastante, estou no chão, uma queda de sete andares, graças a meu treinamento suavizei o máximo possível, mesmo assim a gravidade não poupa ninguém, eu tento correr, mas alguém surge, ele usa uma roupa colorida. 
Pistoleiro – lamento, mas acabou agora. 
Eu pulo em cima dele, ele atinge meu braço, eu não me importo eu acerto seu rosto, quebro seus dentes. Pistoleiro – seu louco! Ele grita, eu o empurro, ele cai nada importa apenas fugir para continuar com a guerra, então eu sinto algo, uma bala no meu peito, eu caio ,acho que tudo acabou. 
Agente 2 – acertei, temos que levar ele para a central! 
Agente 3 – não consigo tirar a mascará dele, essa droga é o rosto dele! 
Eles me abrem e me costuram tudo uma tremenda perda de tempo, eles me dão soro, meu corpo está fraco, semanas se passam quando eu finalmente me levanto, eles me enchem de porrada de novo e me mandam ao psicóloga. 
Psicóloga – bem, imagino que não preciso dizer que você tem que tirar essa mascará. 
Questão – ela é meu rosto... 
Psicóloga – isso não é necessário mais, você já está preso, será transferido assim que terminar nossas sessões a ala dos criminosos perigosos do Asilo Arkham, eu quero ajudar você, já ajudei muito como você. 
Ela é vaidosa, suas mãos mostram que pratica exercício excessivamente para manter a forma, seu encosto nas costas mostra que realmente colocou silicone nos seios, sua pupila mostra pequenos fragmentos de esforço constante, incrível uma mulher estudiosa e vaidosa. 
Psicóloga – eu tenho uma ficha aqui, ela tem todas suas outras identidades, quais desses você realmente é? 
Questão – nenhum sou apenas o Questão. 
Psicóloga – muitos aqui admiram você,  pelo que o DOE informou você tem grande possibilidade de ter nascido em um orfanato, tinha tudo para dar errado, mas se esforçou para tentar mudar tudo ao seu redor, mas nossa admiração mudou quando você matou aquelas pessoas e desfigurou um policial. 
Questão – não devo ser mais tão popular... 
Psicóloga – acredito que possa ajudar você, nenhum problema está fora do alcance de um bom psicanalista e eu sou a melhor. 
Questão – se isso fosse verdade o coringa seria um santo. 
Psicóloga – aqui está uma prancheta de Rorschach, me diga o que você vê? 
Questão – a primeira vez que eu vi que uma freira era uma mulher... 
Psicóloga – como... 
Questão – Irmã Mary, ela costumava bater com as crianças, mas com os adolescentes era diferente, ela os levava a uma sala, quando ela dizia que eles haviam virado “homenzinhos”. 
Psicóloga – espere... 
Questão – ela era como você de certa forma, achando que tudo que fazia era certo, até o dia que se olhou no espelho e viu que era um monstro, por querer que fizessem com as crianças indefesas o que queria que fizessem com ela, ela não era uma freira, ou um monstro, era só uma mulher com raiva, como todos aqueles que eu puno.
 Psicóloga – devo dizer que você é um dos poucos pacientes que realmente fizeram achar que estou fazendo algo de verdade. 
Os guardas me tiraram dali e me levaram até uma sala onde poderia falar com o meu advogado, estranho, não me lembro de ter chamado um, até eu ver quem era seu nome é Guy Gardner. 
Guy – olá, dessa vez vou se ferrou não foi?
 Questão – a que devo a honra de sua visita? 
Guy – lá fora todo mundo está comentando, resolvi dar uma ajuda pelos velhos tempos, Ted está pagando bons advogados para me ajudar. 
Questão – que reconfortante... 
Guy – como conseguiu se manter de mascará? 
Questão – só eu sei tirar ela... 
Guy – porque não tirou? Você vai morrer de fome desse jeito cara! 
Questão – eles me dão soro, além do mais meditando posso manter meu corpo estável por um tempo.
 Guy – eu sei, mas vai ficar fraco, você sabe o que eles fazem com heróis na prisão não é? 
Questão – eu sei me cuidar, me chame quando tiver algo importante. 
Guy – nem vai me agradecer? 
Questão – você e Kord sempre foram humoristas Quando caminho até a cela, eu posso escutar os outros. 
Mestre das pistas – você está morto Questão! 
Criminoso – mas antes vai ser a nossa mulher! Espera a hora do almoço ou do chuveiro! Eles me levam a cela, o vidro reforçado, paredes que deteriam o super homem, o vidro nos deixa ver cada um em nossas celas, muitos querem me matar, mas eu posso ver hera venenosa, ela me olha, ela se sente só, mas ela também quer me matar, agora é a hora do almoço, todos me olham, um homem grande está na fila. 
Homem – Questão não é? Ouvi dizer que é muito famoso, queria um autografo, O John mandou uma lembrança... 
John Magnólia um dos grandes chefes de Hub city que eu mandei para a cadeia, não antes de espancar ele e o deixar em uma cadeira de rodas. 
O marginal se vira com uma faca eu pego a sopa quente ardente e jogo contra seu rosto, depois pego sua faca e arranco um de seus olhos, agora todos estão com medo de mim, eu tomo banho, ninguém entra no local até eu sair, estão todos com medo, eles me levam a psicóloga novamente. 
Psicóloga –gostaria de falar do incidente do almoço, pode me dizer o que aconteceu? Porque foi ao refeitório se está de mascará? 
Questão – esse é meu rosto, não gosto de você... 
Psicóloga – você não gosta de mim? Porque exatamente? 
Questão - Menina com fetiches, gosta de dominar, menina rica, acha que entende a dor, vou falar para você sobre o questão, sobre a noite que tudo mudou, a noite que eu matei. 
Psicóloga – então você admite que matou uma pessoa. 
Questão – ele matou um jovem, ele matou amigos, ele usou pessoas, ele torturou, no final ele merecia ser punido, mas eu sabia que ele nunca ia ser preso, então eu o matei, mas eu não matei Jack ,eu matei Thunderbolt, apenas ele, um rico mimado. 
Psicóloga – o que você sentiu? 
Questão – quer saber? Esse é o seu fetiche não é? Saber... 
Psicóloga – apenas me conte... 
Questão - Eu fiquei na porta da entrada o vendo queimar. Imaginei seu torso sem membros lá dentro, carne escurecendo, ventres fumegando, orifícios explodindo em chamas um a um, fiquei lá, somente olhando, parei diante das chamas por um momento suando, uma mancha de sangue no peito, me senti limpo e aliviado, e entendi finalmente, olhei para os céus através da fumaça cheia de gordura humana. 
Psicóloga – Meu deus... 
Questão - não havia nada lá, a escuridão prossegue sempre, estamos completamente sozinhos e indefesos, vivemos a vida sem nada melhor para fazer, depois inventamos uma razão, por segundos senti pena dele, depois remorso, depois não senti mais nada, era como se não fosse real, a existência aleatória sem padrão, o mundo desgovernado não é moldado por vagas forças meta físicas, não é Deus, nem é o destino que deixa crianças em um orfanato sendo espancadas por freiras que desejam seu corpo infantil, somo-nos, somente nos. 
Psicóloga – Eu... 
Questão- O local fedia a fogo, O vazio consumia minhas ilusões, consumia Vic, consumia Charles, Eu renasci livre para traças meu destino, nesse mundo desprovido de moral, controlado por homens e mulheres capazes de esmagar crânios e a vontade de homens livres com um dedo, tudo que havia em mim não era bem nem mal, era apenas Questão. 
Seu rosto aterrorizado sem saber o que me dizer, engraçado pensar que ela já conversou com o coringa e eu a assustei, de certo modo é divertido. 
Questão – Isso responde sua pergunta Doutora?

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